O governo federal criou a Semana Patriótica ou Semana do Brasil para aquecer o turismo e as vendas do varejo no mês de setembro, período carente de uma data especial que movimente os setores de comércio e serviços. A ação prevista para ser realizada entre os dias 6 e 15 será semelhante à Black Friday, que oferece em novembro produtos com descontos atrativos aos consumidores.

Se bem trabalhada, a data pode “despertar” o faturamento do comércio varejista no mês, atualmente considerado o quinto pior entre os meses do segundo semestre, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De acordo com a pesquisa, na média dos últimos cinco anos, o faturamento dos seis últimos meses foi de R$ 348 bilhões. A média de vendas no mês de setembro para esse período é de R$ 54,5 bilhões, ou seja: 15,7% – o penúltimo mês no ranking de faturamento para a segunda parte do ano.

O período classificado como de baixa temporada é desanimador também para o turismo. Dados da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) apontam que a média da demanda de passageiros em voos nacionais no mês de setembro, dos últimos cinco anos, é a menor do segundo semestre, com pouco menos de 20 milhões e 15,5% de participação na soma de julho a dezembro. Segue o mesmo caminho o fluxo de passageiros nas principais rodoviárias de São Paulo, que, nos últimos cinco anos, é o menor do segundo semestre, com 15,6% de participação na soma de julho a dezembro, de acordo com a Socicam, concessionária responsável pela administração dos terminais rodoviários Tietê, Barra Funda e Jabaquara.

Participação no calendário
A data escolhida pela Secretaria de Comunicação do Governo (Secom), idealizadora da ação, engloba o dia 7 de setembro, dia da Independência do Brasil, e tem inspiração no comércio varejista norte-americano que comemora sua independência em 4 de julho.

O empresário pode aproveitar a Semana do Brasil para atrair o consumidor por meio do apelo promocional. A FecomercioSP orienta que seja feita uma avaliação sobre a viabilidade da participação tendo em vista os investimentos em estoque e a divulgação das promoções. O comerciante também precisa considerar o planejamento já esperado para atender às datas que se seguem a essa iniciativa, como a Black Friday e o Natal.

A Entidade acredita que a nova data pode dar bons resultados para as vendas, mas, como ocorreu com a Black Friday, a consolidação da data no calendário de compras do consumidor deve levar um tempo.

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