Às vésperas do Natal, as expectativas para o comércio varejista continuam altas neste ano de 2019. A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) divulgou, no último dia 16, que prevê a movimentação de R$ 36,3 bilhões neste período, com diferença de cerca de 0,54% em relação às vendas do ano de 2014 (R$36,5 bilhões).

O mesmo entusiasmo é projetado para as vendas no estado de São Paulo. A FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) estima que o comércio deve alcançar R$ 76,5 bilhões em dezembro, 7% a mais do que o mesmo mês de 2018.

Para o presidente da ACE de Adamantina (Associação Comercial e Empresarial), Luis Henrique Sgobbi Mortari, os resultados destas pesquisas refletem também o comércio local. Embora ainda não haja um número concreto, as vendas em comparação com ano passado já melhoraram, e isso se deve a alguns fatores: “Primeiro é a questão da melhoria da economia num plano geral e o consumidor está mais animado, um pouco mais entusiasmado com as vendas e as compras de fim de ano”. O empresário acredita ainda que o calendário mais longo de vendas ajudou bastante o comércio, além do horário especial, até às 16h nesta terça-feira (24).

A gerente da loja Amore, Graciele Pravatto, afirma que percebeu a diferença no fluxo de consumidores desde o início do horário diferenciado das lojas. “Por mais que orientamos, há clientes que deixam para a última hora, estamos acreditando em um movimento grande”, pontua.

O mesmo desejo ocorre para a supervisora da loja ‘O Boticário’ Sônia Aparecida da Silva Rangon e para José Rodolfo, proprietário do Bazar São Jorge. Ambos disseram que devido as chuvas o movimento caiu nos últimos dias, porém, as metas deste ano já foram alcançadas.

A supervisora declara que os consumidores estão optando mais por produtos da linha de cosméticos em comparação com 2018. Já o empresário diz que as vendas maiores devem contemplar os brinquedos, que tiveram redução de preços. “Houve uma diminuição drástica no preço desde outubro, então, bonecas e carrinhos das melhores marcas estão com valores de 20% a 30% menores, o que facilita as vendas. É uma realidade diferente dos anos anteriores”, pontua Rodolfo.

CONSUMIDOR

Como sempre, o brasileiro deixa para última hora, e para compra de presentes não é diferente. Felipe Marchini esperou o pagamento do 13º salário para realizar as compras à vista, procurando desconto maior na aquisição da mercadoria. Analisando os produtos há um mês, ele comenta que houve uma mudança no comércio de Adamantina em relação aos últimos anos. “Após o surgimento de novas lojas, a competitividade aumentou, melhorando a qualidade e variedade de produtos. Além disso, o cenário econômico está favorável e aqueceu o mercado, fazendo com que o consumidor possa ir às compras e aproveitar melhor as oportunidades”, avalia.

Há quem preferiu se adiantar e aproveitou todas as chances, como foi o caso da secretária Selma Maura Martins, que conseguiu comprar os produtos antecipadamente. “Aproveitei as oportunidades, as liquidações. Adoro”, disse (risos).

Há, ainda, consumidores como a supervisora Tatiane Scheolin, que deseja esperar o período de festas do fim do ano e comprar os presentes no início de 2020. “Acredito que comprarei as lembrancinhas em janeiro, aproveitando as grandes promoções”.

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