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15 de janeiro de 2019Inflação de 2018 foi maior para as faixas de renda mais altas, diz Ipea
A inflação no acumulado de 2018 cresceu em todos os segmentos de renda, mas foi maior para as faixas mais altas. Em dezembro, contudo, a baixa renda sentiu mais a alta dos preços. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Enquanto a classe mais baixa sofreu inflação de 3,5% no ano, os preços para a classe de renda mais alta avançaram 3,92% em 2018.
A alta generalizada foi resultado do aumento dos preços dos alimentos a partir do 2º semestre e, sobretudo, dos reajustes dos combustíveis e da energia elétrica entre junho e outubro, segundo o Ipea.

Baixa renda é mais afetada em dezembro
Em dezembro, as famílias de baixa renda foram as mais afetadas pela inflação, ainda que a alta dos preços tenha acelerado em todas as faixas de renda.
O impacto nas contas dos segmentos de renda mais baixa foi de 0,21%, mais que o dobro dos 0,09% sentidos pelas classes mais ricas.
No mês, o que mais pesou na cesta de consumo foi o aumento dos preços de alimentos em domicílio, principalmente produtos in natura como legumes (9%), verduras (2,3%), frutas (3%) e carnes (2%).
Também influenciaram itens de vestuário, como roupas femininas (2,3%), e o reajuste de 0,5% nos preços dos aluguéis, anulando o alívio pela deflação de 2% das tarifas de energia.
Já a queda de 4,8% no preço da gasolina foi o maior fator de alívio nas faixas de renda mais alta em dezembro, que também se beneficiaram, mesmo que em menor proporção, da redução das tarifas de energia elétrica.
Em dezembro, a inflação das famílias mais ricas só não foi ainda menor devido aos aumentos das passagens aéreas (29,1%) e dos planos de saúde (0,8%).
Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/01/15/inflacao-de-2018-foi-maior-para-as-faixas-de-renda-mais-altas-diz-ipea.ghtml